Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Estudos teóricos/ensaios

ANO XXV – NÚMERO 36 – 2023

O resgate da memória e fortalecimento das emoções: musicoterapia no cuidado da pessoa idosa

DOI
https://doi.org/10.51914/brjmt.36.2023.84
Enviado
8 abril 2021
Publicado
22-05-2025

Resumo

As pesquisas no âmbito da Neurociência dos últimos vinte anos comprovam a eficácia da música como ferramenta ímpar na melhoria da qualidade de vida e recuperação de idosos acometidos por vários estados demenciais, em especial a Doença de Alzheimer, processo de degeneração encefálica, predominante a nível mundial. O ensaio científico em questão visa articular concepções relevantes para temática apresentada, fornecendo uma contribuição aos progressos investigatórios atualizados das relações entre música, memória e emoções. Neste contexto, busca-se discutir, por meio dos avanços neurocientíficos, como a Musicoterapia vincula-se a mecanismos ativos no cérebro humano contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, emocional e neural. Além disso, como contribui, em aspectos fundamentais da vida do idoso, na melhoria de auto-estima e independência.

Referências

  1. Barcellos. L. R. M. (2016). Quaternos de Musicoterapia e Coda.1. ed. Dallas: Barcelona Publishers.
  2. Barcellos, L. R.M ., & Santos, M. A. . (1996). A Natureza Polissêmica da Musica e Musicoterapia. Brazilian Journal of Music Therapy, (1). Recuperado de https://musicoterapia.revistademusicoterapia.mus.br/index.php/rbmt/article/view/6 DOI: https://doi.org/10.51914/brjmt.1.1996.6
  3. Benenzon, R. (1988). Teoria da Musicoterapia – Contribuição ao conhecimento do contexto não-verbal. Trad. Ana Sheila M. São Paulo: Summus.
  4. Bruscia, K. E. (2016). Definindo musicoterapia.3. ed. Dallas: Barcelona Publishers.
  5. Carlsen, K & Witek, M. A. (2010). Simultaneous rhythmic events with different schematic affiliations: microtiming and entrainnment in two contemporary R&B grooves. In: Danielsen, Anne. Musical rhythm in the age of digital reproduction.1. ed. Abingdon: Routledge. p. 52-70.
  6. Correia, C. M. F. (2010). Funções Musicais, Memória musical-emocional e volume amigdaliano na Doença de Alzheimer. Tese [Doutorado em Ciências]. Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo.
  7. Correia, C. M. F. (2023). Musicoterapia no Comprometimento Cognitivo Leve e nas Demências. In: Musicoterapia e Gerontologia: Teoria e Prática. Org: Silva Júnior, J. D. Et al., Campinas: Alínea.
  8. Cuddy, L. L. et al., (2012). Memory for melodies and lyrics in Alzheimer’s disease. Music Perception, v. 29, n. 5, p. 479-491. DOI: https://doi.org/10.1525/mp.2012.29.5.479
  9. Dowling, W.J. & Bartlett, J.C. (1981). The importance of interval information in long-term for melodies. Psychomusicology, v. 1, n. 1, p 30-49. DOI: https://doi.org/10.1037/h0094275
  10. Downey, L. E. et al., (2013) Mentalising music in frontotemporal dementia. Cortex, v. 49, n. 7, p. 1844-1855. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cortex.2012.09.011
  11. Drapeau, J. et al., (2009) Emotional recognition from face, voice, and music in dementia of the Alzheimer type. Ann N Y AcadSci., v. 1169, p. 342-345. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1749-6632.2009.04768.x
  12. Fernández, M. P.; Fluente, J.D. (2005). Envejecimento e Cambio Cognitivo. In: Hernandis, S.P.; Martinez, M. S. Gerontología. Actualización, innovación y propuestas.1. ed. Madrid: Pearson Educacion, p. 185-220.
  13. Finke, C; Esfahani, N. E. & Ploner, C. J. (2012). Preservation of musical memory in an amnesic professional cellist. CurrBiol.,v. 22, n. 15, p. R591-R592. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cub.2012.05.041
  14. Grout, D. J. &Palisca, C. V. (2014). História da música ocidental. 6. ed. Lisboa: Gradiva.
  15. Halpern, A. R. & O’Connor, M.G. (2000). Implicit memory for music in Alzheimer ́s disease. Neuropsychology, v. 14, n. 3, p. 391-397. DOI: https://doi.org/10.1037//0894-4105.14.3.391
  16. Hirokawa, E. (2004). Effects of Music Listening and Relaxation Instruction on Arousal Changes and the Working Memory Task in Older Adults. Journal of Music Therapy, v. 41, n. 2, p. 107-127. DOI: https://doi.org/10.1093/jmt/41.2.107
  17. Hsiehet al., (2011). Neural basis of music knowledge: evidence from the dementias.Brain,v. 134, n. 9, p. 2523-2534. DOI: https://doi.org/10.1093/brain/awr190
  18. Kandel, E. R. et al., (2014). Princípios da Neurociência. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora.
  19. Koelsch, S. (2014). Brain correlates of music-evoked emotions. Nature Reviews Neuroscience, v. 15, p. 170-180. DOI: https://doi.org/10.1038/nrn3666
  20. Levitin, D. J. (2010). A música no seu cérebro: a ciência de uma obsessão humana. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
  21. Manzano, M. A. (2023). A Musicoterapia Aplicada a Idosos Institucionalizados. In: Musicoterapia e Gerontologia: Teoria e Prática. Org: Silva Júnior, J. D. Et al., Campinas: Alínea.
  22. Moreira, S. V.; Justi F.R.R. & Moreira, M. (2018). Can musical intervention improve memory in Alzheimer’spatients? Dement Neuropsychol., v. 12, n. 2, p. 133-142. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-57642018dn12-020005
  23. Moreira. S. S. & Silva Júnior, J. D. (2023). Musicoterapia na Reabilitação Cognitiva. In: Musicoterapia e Gerontologia: Teoria e Prática. Org: Silva Júnior, J. D. Et al., Campinas: Alínea.
  24. Moussard, A. et al., (2012). Music as an aid to learn new verbal information in Alzheimer’s disease. Music Perception, v.29, n. 5, p. 521-531. DOI: https://doi.org/10.1525/mp.2012.29.5.521
  25. Neri, A. L. (2023). Teorias Psicológicas do Envelhecimento: Histórico e Temas Selecionados. In: Musicoterapia e Gerontologia: Teoria e Prática. Org: Silva Júnior, J. D. Et al., Campinas: Alínea.
  26. OMS. (2017). Brasília. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5560:demencia-numero-de-pessoas-afetadas-triplicara-nos-proximos-30-anos&Itemid=839.Acesso em: 30/11/2020.
  27. Overy, K. & Molnar-Szakacs, I. (2009). Being together in time: musical experience and the mirror neuron system. Music Perception, v. 26, n. 5, p. 489-504. DOI: https://doi.org/10.1525/mp.2009.26.5.489
  28. Pereira, C. S. et al., (2011). Music and emotions in the brain: Familiarity matters. PLoS ONE, v. 6, n. 11, p. e27241. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0027241
  29. Piazzetta. C. M. F. & SA, L. C. (2005). Musicalidade Clínica na Musicoterapia: construções a partir da teoria da Complexidade. In: II Congresso Mundial de Transdisciplinaridade, Anais do II Congresso Mundial de Transdisciplinaridade, 2005.
  30. Ridder, H. M. O. (2016) The Future of Music Therapy for Person with Dementia. In: Dileo, C. Envisioning the Future of Music Therapy. 1. ed. Filadelfia: Temple University Press, p. 87-95.
  31. Rocha, S. F. (2010). Memória: uma chave efetiva para o sentido na performance musical numa perspectiva fenomenológica. Per musi, n. 21, p. 97-108. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-75992010000100012
  32. Rocha, V. C. & Boggio, P. S. (2013) A música por uma óticaneurocientífica. Per musi, n. 27, p. 132-140. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-75992013000100012
  33. Särkämö, T. (2017). Music for the ageing brain: Cognitive, emotional, social, and neural benefits of musical leisure activities in stroke and dementia. Dementia, v. 17, n. 6, p.670-685. DOI: https://doi.org/10.1177/1471301217729237
  34. Silva Jr., J. D. & França, C. M. Música e Memória. (2022). In E. V. Freitas & L. Py (Eds), Tratado de Geriatria e Gerontologia (pp. 3.703-3.716). Editora Guanabara Koogan Ltda.
  35. Souza, M. G.(2016). Musicoterapia e a Clínica do Envelhecimento. In: Freitas, E. V.; Py, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 1216-1226.
  36. Toro, R. Biodanza. 2. ed. São Paulo: Editora Olavobrás; EPB, 2005.
  37. Vanstone, A. D.; Sikka R.; Tangness L.; Sham R.; Garcia A. & Cuddy L. L.(2012). Episodic and semantic memory for melodies in Alzheimer’s disease. Music Perception, v.29, n. 5, p. 501–507. DOI: https://doi.org/10.1525/mp.2012.29.5.501
  38. Wigram, T.; Pedersern I. N. & Bonde. L. O. (2001). A Comprehensive Guide to Music Therapy: Theory,Clinical Practice, Research and Training. Londres e Filadélfia: Jessica Kingsley Publishers.
  39. Zatorre. R. J.; Belin, P. & Penhume, V.B. (2002). Structure and function of auditory cortex: music and speech. Trends in Cognitive Sciences, v. 6, n. 1, p. 37-46. DOI: https://doi.org/10.1016/S1364-6613(00)01816-7

Artigos Semelhantes

<< < 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.